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sábado, maio 06, 2006

a música e a ironia - 24 

"Plastic Sun", dos Sonic Youth, no sistema de som do solário. LFB

a música e a ironia - 23 

"What Ever Happened?", dos Strokes, a primeira música que ele escutou no rádio (que deixara ligado) naquela manhã de ressaca. LFB

sexta-feira, maio 05, 2006

Do not read this post if you're a Lost fan 


Major Lost spoiler: Ana Lucia gets shot and killed in Two for the road.
I've seen it and it's oh so true.

quinta-feira, maio 04, 2006

Eu tenho um problema com os vinhos 

Não sou monárquico mas gosto do Dom Martinho.
O Dom Martinho é um vinho regional alentejano da Sociedade Agrícola Quinta do Carmo, S.A., sita em Estremoz. Mais do que isso, é um vinho tindo dos Domaines Barons de Rothschild (Lafite).
O Dom Martinho que bebi era de 2003. No rótulo não havia qualquer indicação de castas concretas, apenas se aludia às «castas tradicionais portuguesas». Atendendo à região vitivinícola de produção, adivinho a Touriga Nacional, a Trincadeira ou a Aragonez. Ou todas juntas. Mas posso estar errado. Para bom entendedor meia palavra basta; para mim, são precisas todas as palavras, ou todas as castas expressamente referidas.
Eu tenho um problema com os vinhos. O eterno problema do consumo. Não falo só em consumi-los, falo em consumi-los até ao fim, de uma assentada só, de modo a que não reste uma pinga na garrafa para o dia seguinte. E faço-o independentemente de estar sozinho ou acompanhado ( «independentemente de estar sozinho ou acompanhado» é um grande lugar-comum), nem que seja pela minha própira sombra, a que por vezes chamo de Solvstäg.
Consumir individualmente uma garrafa de um só trago é manifestamente um exagero. Mark Twain certa vez (há muito tempo) afirmou que a notícia da sua morte era um manifesto exagero. Corria então o boato de que Twain morrera, pois claro. Como todos, ou quase todos, os boatos, não se confirmou e o escritor continuou a (passo o pleonasmo) escrever.
Consumir individualmente uma garrafa de um só trago é um exagero e imagino o dia em que, em apetecendo, não terei vinho para abrir.
Também tenho um problema com os livros. Impeçam-me de entrar nas livrarias, por favor. A carteira, se pudesse falar, agradecia.
HR
[publicado originalmente aqui]

Baïkal 

Não sou militante do partido Os Verdes, nem membro de uma organização não-governamental com intervenção a nível ambiental, nem sequer um activista ambiental, ou um ambientalista activo, como se preferir, mas falo-vos do lago mais antigo do mundo, o Lago Baïkal, também conhecido por pérola da Sibéria, classificado como património mundial pela Unesco. São 600 quilómetros de comprimento por 60 de largura com cerca de 25 milhões de anos que agora estão ameaçados pelo projecto megalómano da empresa pública russa Transneft, que anunciou a construção de um oleoduto que percorrerá quatro mil e duzentos quilómetros, entre Perevoznaya, próxima de Vladivostok, e Irkoutsk, onde o Baïkal se situa.
O oleoduto terá capacidade para transportar 80 milhões de toneladas de petróleo por ano e para destruir o que natureza nos deu. Lhes deu. Aos russos.
HR
[retirado, com adaptações, daqui]


diagnóstico 

A vida é uma sucessão de vírus. Se nascemos não como tabula rasa, mas com uma natureza anterior à moral (assim Rousseau permita), pura e em estado bruto, tudo o que lhe sucede são coisas que contraímos: o vírus do certo e do errado que, depois, degenera no bem e no mal; o vírus da fé que pode passar com a idade ou tomar-nos conta do cérebro e dos gestos; os vírus da vontade, da culpa, do projecto, do fracasso, da confiança; o vírus feroz do amor que, amiúde, conduz a um estado terminal de cinismo; o vírus da política, da solidão, da necessidade, que tentamos curar com doses desmesuradas de auto-suficiência; o vírus de querer partir, que evolui para o de querer voltar a casa; o vírus de nos querermos multiplicar, de querer o abismo, de querer sair da cama, de querer recomeçar, de não querer mais nada.
No final, a felicidade não pode, pois, significar mais que a putrefacção. Se havemos de ser tragados, lentamente, pelos bichos, que deglutam, ao menos, um corpo jazendo ao sol infectado de histórias, para que tudo se propague de novo e de modo fácil, contra a saúde inodora das máquinas e das constituições.

Também publicado aqui.

O fim da superstição 

Já não somos 13 à mesa. Servem estas linhas para dar as boas-vindas ao novo casadoiro, o Rodrigo Moita de Deus. Ainda a tempo de gozar as delícias do matrimónio enquanto o divórcio se mantém ligeiramente adiado. LFB

a música e a ironia - 22 

A televisão estava ligada na VH1, que passava "The Chemistry Between Us", dos Suede, enquanto o carteiro deixava lá em baixo um envelope com os papéis do divórcio. LFB

a música e a ironia - 21 

"Do you remember the first time?", dos Pulp, era a canção que vinha do quarto do filho quando os pais discutiram pela última vez. LFB

quarta-feira, maio 03, 2006

a música e a ironia - 20 

"Where is my mind", dos Pixies, na sala de espera do psiquiatra. LFB

a música e a ironia - 19 

"Imagine", de John Lennon, no sistema de som da sala de espera no ginecologista. LFB

terça-feira, maio 02, 2006

Só danço o samba 



Stan Getz e João Gilberto, "Só danço o samba"

a música e a ironia - 18 

"Shut Up", dos Madness, era a música favorita do speaker do Hipermercado. LFB

a música e a ironia - 17 

"Live & Let Die", de Paul McCartney, era a música preferida do cirurgião. LFB

segunda-feira, maio 01, 2006

Nota 

Esqueçam a data. E não. Este blogue não está à frente do seu tempo. Eu é que tive de deixar as tarefas domésticas feitas antes de abalar para um weekend fora. LFB

a música e a ironia - 16 

"Working Classe Hero", de John Lennon, na aparelhagem do yacht de João Pereira Coutinho. LFB

domingo, abril 30, 2006

a música e a ironia - 15 

"Stairway to Heaven", Led Zeppelin, em modo repeat, no elevador do Centro Comercial. LFB

a música e a ironia - 14 

"You're no good for me", dos Joy Division, tocado a meio do copo d'água pela banda convidada para animar o casamento. LFB

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