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sábado, fevereiro 28, 2004

e o estranho é que eles não param, esses malandros dos momentos 

acabei de me assustar, ao ter consciência que estava a vibrar algo exageradamente com os solos de guitarra no disco da Carla Bruni, aqueles mesmos que conseguem pôr em causa músicas muito boas. Mas há mais. Também cantarolei com convicção os coros com que o John Lennon povoou o disco “Double Fantasy”. Tudo isto é contrário à minha educação na arte de ouvir boa música. Ainda bem que comprei o(s) novo(s) disco(s) dos Lambchop(s), deram-me a garantia de que estava(m) isento(s) daquelas características heréticas. REC

mais momentos 

por momentos, ao transportar o meu computador portátil da sala para o escritório, tive medo de que as letras escritas no ecrã pudessem cair, despedaçando-se no chão. REC


sexta-feira, fevereiro 27, 2004

os pequenos momentos do dia 

há pequenos momentos de felicidade como este, em que a ouvir Nick Drake e aconchegado por uma chávena de chá, sou surpreendido pelos primeiros flocos de neve da noite a cair, muito lentamente, no jardim. REC

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

António-Pedro Vasconcelos no É a Cultura de hoje 

Hoje, pelas 18h30, no Jardim de Inverno do Teatro São Luiz, regressa o «É a Cultura, Estúpido!», um evento cultural organizado pelas Produções Fictícias.
O convidado será o cineasta António-Pedro Vasconcelos, que falará sobre as relações entre a literatura e o cinema, numa conversa com a jornalista Anabela Mota Ribeiro. Seguem-se as habituais escolhas dos críticos e jornalistas residentes: Pedro Mexia, João Miguel Tavares, Nuno Costa Santos e José Mário Silva. Após o debate entre os colunistas Daniel Oliveira e Pedro Lomba (sobre a nova imigração, a partir do livro «Migrações e Integração», de Rui Pena Pires, publicado pela Celta), a sessão encerra, como sempre, com dez minutos de stand-up comedy, desta vez a cargo de Luís Filipe Borges.

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Bem-vindos 

Em tempo de franco emagrecimento das audiências blogosféricas, queria aqui regozijar-me com os dois novos leitores que arrecadei nos últimos dias: o Paulo e a Rita.
Sim! São vocês! Se achavam que podiam ficar aí sentaditos, em casa, a ler tranquilamente o que a malta vai suando, dia após dia, estavam muito enganados. A partir de agora, também são personagens, também ficam deste lado.
É um privilégio ter-vos a ambos como leitores. E acreditem que sinto uma responsabilidade acrescida a cada vez que me sento a escrever um novo post.
Um grande abraço electrónico aos dois!
AB
PS: É verdade: vocês não se conhecem entre si. Faço já as apresentações… Rita, o Paulo é um jovem melómano, óptimo rapaz, que trabalha comigo. Paulo, a Rita é uma jovem nutricionista, excelente rapariga, amiga de já lá vão os anitos. Espero que não fiquem envergonhados…

Releituras e revisões ou de como já não me lembro desde que idade sou culto 

Não sei se será, também, prática comum entre as elites culturais de outros países, mas há, nos portugueses cultos e nos aspirantes a cultos, uma forma interessante de descrever o seu contacto com as obras essenciais: no caso dos livros, nunca se lê algo pela primeira vez, está-se sempre a reler; no caso dos filmes, a menos que se trate de uma estreia mundial, também nunca se vê, mas vai-se sempre rever.
É interessante. Não se consegue recuar a um momento de contacto primordial, de descoberta, de supressão de uma lacuna. Quanto muito, podemos imaginar os ditos doutos, aos catorze anos, agarrados a Joyce e a Proust, a Dreyer e a Lang. Se são apanhados em público a ler um daqueles textos de sempre ou a caminho da cinemateca em dia de, por exemplo, “Há Lodo No Cais”, essa é a resposta pronta: estão apenas a reler X ou vão somente rever Y.
Até um dos nossos melhores bloggers e cronistas escrevia nesses termos na sua página do sábado passado. E o pior é que escrevia erradamente o nome do dito autor que, tão só, relia, mas podemos admitir que tenha sido responsabilidade dos revisores da publicação. A questão é que, mesmo que seja verdade, soa mal. É dito em bicos de pés.
Eu, confesso, também já caí muitas vezes nessa pretensiosa tentação, mas, de tanto a ver praticada e de tão mau gosto me parecer, prometo ser um bom menino e admitir, por exemplo, que ando a ler, pela primeira vez, o Admirável Mundo Novo.
AB

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